quinta-feira, 24 de março de 2011

Concurso "A Melhor Declaração Amor/Amizade"


Na Biblioteca Escolar

Concurso "A melhor declaração de Amor/Amizade"

Cerimónia da Entrega de Prémios

Os membros do “Parasaberes - Jornalismo”, propuseram um concurso destinado a premiar a melhor declaração de amor/amizade, no âmbito da comemoração do Dia dos Namorados. Pretendiam, ainda, atingir alguns objectivos como, por exemplo, promover a criatividade e a imaginação, divulgar aptidões diferenciadas e fomentar e consolidar hábitos de escrita e de leitura.
Com excepção dos elementos que compõem o grupo promotor da actividade, a Comunidade Educativa da Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Albergaria-a-Velha, alunos, professores, assistentes operacionais, assistentes técnicos, pais e encarregados de educação, foi desafiada a manifestar o seu espírito criativo.
Só foram admitidas a concurso as produções escritas em Português nas modalidades de Poema e de Prosa.
A actividade e o seu regulamento foram publicitados nos diferentes Pavilhões, na Reprografia, na Biblioteca Escolar, no blogue http://parasaberesjornalismo-a-letra.blospot.com e na página da escola; foi, ainda, enviada para o e-mail da Associação de Pais e Encarregados de Educação.
Participaram, apenas, alunos e encarregados de educação.
Obrigado a todos os participantes e parabéns aos vencedores!

Categoria Alunos

1º Prémio – Cátia Alexandra Aguilar Martins, 9º D

Poema
Se eu fosse o mar, tu serias a areia
Para estar sempre perto de ti,
Se eu fosse a lua, tu serias as estrelas
Para anoitecermos juntos,
Se eu fosse a árvore, tu serias as folhas
Para te poder ver crescer,
Se eu fosse o sol, tu serias a luz
Para nos completarmos,
Se eu fosse um pássaro, tu serias o meu ninho
Para me sentir sempre protegido,
Mas como não sou nada disso,
Quero apenas o teu amor!


Menção Honrosa – Maria Marli Delgado Macedo Marques, Curso EFA, Tipo C, Turma E

Poema
"Para ti, meu querido filho!"

Puro amor da minha alma
Estrela linda e brilhante
De rostinho fascinante
Razão deste meu viver
Orgulho, carinho... bem-querer!

És toda a felicidade
Na minha vida, meu filho
Razão de todo o amor
Iluminando meus dias,
Que Deus Te abençoe para sempre,
Um anjo em forma de gente,
Amar-te-ei para sempre.

Suave sorriso inocente
Infinita admiração
Luz divina e reluzente
Tu, meu filho querido
Amor...pulsar do meu coração!

Amo-te muito meu filho!
Categoria Encarregados de Educação

1º Prémio – José Altino Bastos Pires
Prosa

“O Sonho da Sara”
"É no café da praça da pequena e recatada vila onde brincaram na infância que, durante as férias, Francisco e Sara se encontram todos os dias.
A terra é invadida por milhares de turistas que naquele lugar procuram paisagens perdidas e a tranquilidade das águas.
As duas cadeiras da mesa, situadas logo à entrada do café “Chachic”, têm lugar reservado. É ali, horas a fio, que as conversas entre Sara e Francisco se vão desfiando em palavras, umas em surdina, outras em tom acelerado.
Ali se contam histórias, se falam de alegrias, de férias, de mulheres, de homens e de sonhos perdidos. Respirar aqueles momentos de beleza espiritual é como sentir que o mundo não existe, que o amor nos toca nos pés e que podemos voar até à infância e sentir de novo o calor das nossas mães.
Naquela tarde Francisco sentiu Sara melancólica. Estava diferente, o seu cabelo, castanho, não tinha o brilho do sol dos outros dias e o seu olhar perdia-se nos passos silenciosos das pessoas que passavam na rua.
Sara ouvia mais do que falava. Das poucas vezes que falou as palavras não tinham, como Francisco sempre o sentira, o sabor fresco da sua boca que ele tanto amava.
Francisco fixou Sara, fechou os olhos e recordou a primeira vez que a vira, aquele momento em que a sua imagem, ainda de uma criança, o fez sorrir de alegria. Naquela altura ele sentiu paixão por aquele pequenino e belo corpo mas isso só poderia ser pura ilusão. Ninguém se apaixona por um simples olhar, ninguém ama apenas por um minuto. A sua mãe ensinara-o que o amor é eterno e puro.
Os mesmos olhos castanhos e profundos se escondem ainda hoje nas madeixas dos cabelos de Sara. O mesmo som ao respirar, o mesmo virar do pescoço, o mesmo gesto de alisar o cabelo, o mesmo cheiro e encolher do corpo, a mesma forma de se debruçar sobre as pessoas.
Nada disso mudou como nada mudou no amor de Francisco por Sara. Em frente a si estava o amor da sua vida, o seu “amor pequenino” como tantas vezes ele gostava de lhe chamar.
- Como eu te amo!!!, disse Francisco.
Nesse momento Francisco pegou na mão direita dela e sorriu com a mesma ternura e sensação de quando a viu pela primeira vez. O cabelo de Sara tocou-lhe no braço. Fê-lo arrepiar de emoção. Quase chorou.
Sara, calada, olhou Francisco. Calma e a irradiar um ar indiferente ela recolheu as palavras de cima da mesa como se tivesse perdido a brancura da sua pele.
Sara não tinha qualquer dúvida de que o amava. Decidiu declarar-se a Francisco: Não te quero perder amor. Sabes que se um dia te perder eu não vou poder voar mais como as gaivotas, não vou poder olhar-te mais sobre as águas, nunca mais vou poder tocar o teu perfume nem perder-me no suor do teu corpo. Por isso é que o meu amor é eterno e tu me perseguirás para sempre. Eu sei que onde eu estarei tu estarás sempre ao meu lado meu amor.
Sara acordou. Já estava muito atrasada para ir ter com Francisco. Deu um jeito rápido ao cabelo, polvilhou o corpo com perfume, agarrou no sonho que tivera e saiu a correr em direcção ao café."

  Os vencedores do concurso
José Altino Pires, Marli Marques, Cátia Martins







 Alunos - Beatriz Pinhão, Cíntia Reis e Tânia Silva, do 8º C
Docentes - Helena Oliveira e José Spínola





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